Zambelli e Eduardo Bolsonaro: fujões da pátria que correram no primeiro aperto
Dizem que é no aperto que a gente conhece o sujeito. Pois bem. Bastou o Supremo Tribunal Federal (STF) levantar a sobrancelha que dois “valentões de internet”, Zambelli e Eduardo Bolsonaro, deram no pé. Picaram a mula, como se diz lá no sul. Bateram em retirada que nem cachorro que apronta e se esconde debaixo da cama
04/06/2025 11h08Atualizado há 2 semanas
Por: Jorge Francisco de Oliveira Guimarães
Zambelli e Eduardo Bolsonaro fugiram no primeiro sinal de cobrança, abandonaram o barco quando a Justiça agiu. / Foto: internet
Durante anos, posaram de patriotas, cheios de dedo em riste, gritando contra “corruptos”, “comunistas” e tudo mais que não estivesse na cartilha deles. Mas bastou a Justiça bater à porta que sumiram feito alma penada em cemitério.
É curioso como essa turma se diz valente, mas só no grito. Porque quando o caldo entorna, fazem igual ao diabo fugindo da cruz. Achavam que estavam acima da lei, mas a roda da história gira, e uma hora a casa cai. E quando a casa começou a ranger, não esperaram nem o telhado — saíram antes da porta bater.
Agora, vamos comparar com quem eles mais atacaram: Luiz Inácio Lula da Silva. O homem foi alvo de um processo eivado de armações, com juiz que mais parecia cabo eleitoral do adversário. Mesmo assim, Lula não correu. Ficou, deu a cara a tapa, enfrentou a prisão de cabeça erguida. Entrou pela porta da frente da cadeia, com a certeza de que era vítima de um jogo sujo — e saiu com a verdade debaixo do braço, provando que não tinha nada a temer.
Enquanto Lula encarava o tranco, Zambelli foi vista atravessando fronteira feito quem foge de enchente, e Eduardo Bolsonaro desapareceu feito nota de dois reais. Isso, sim, é covardia com C maiúsculo.
O povo já conhece esse tipo de valentia de palanque. Gente que bate no peito, mas não aguenta uma visita da Justiça. Gente que grita “meu Brasil” com a boca cheia, mas que na primeira bronca, vai puxar o saco de país estrangeiro. O nome disso é fujão da pátria. Ou, se preferir, patriota de araque.
No fim das contas, a história separa quem tem coragem de verdade e quem só sabe fazer cena. Lula aguentou o tranco. Os outros, bem... esses preferiram bater em retirada. E como diz o povo lá do sul: quem não deve, não teme. Mas quem deve, corre feito lebre em dia de caçada.
Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do ARENA DE NOTÍCIAS.
Sobre o autor: Jorge Francisco de Oliveira Guimarães é Cientista Social, professor de sociologia, foi sindicalista e atuou por 16 anos na Câmara dos Deputados. Trabalhou no INEP, contribuindo com a educação pública, e foi diretor da Fundação de Assistência Social de Porto Alegre.
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