Enquanto muitos ambientes corporativos se perdem em metas inalcançáveis e discursos frios sobre produtividade, uma mensagem simples, enviada por áudio, devolveu a um grupo de colaboradores aquilo que muitos andavam esquecendo: o sentido humano do trabalho.
“Recentemente mandei uma imagem do Usain Bolt dizendo que treinou quatro anos para correr nove segundos. Tem gente que tenta por dois, três meses e desiste. Isso diz muito sobre a vida, sobre a dedicação que precisamos ter para alcançar algo verdadeiro”, disse Rodrigo Nista, proprietário de uma empresa que acredita no poder das pessoas como agentes de mudança.
Ao citar nomes como Adriana, principal atleta da equipe em águas abertas, e relembrar lendas como Oscar Schmidt e Michael Jordan, Nista usou o esporte como metáfora para reforçar uma filosofia que norteia sua conduta: a importância do extra mile — dar um passo além do previsto, não por obrigação, mas por desejo de fazer mais e melhor.
“O conceito está nisso: a gente perceber que pode sempre dar um pouquinho mais de nós a cada coisa que fazemos”, afirmou. “Não é diferente numa empresa, num projeto, nos negócios.”
Mas ele foi além do discurso. Reconheceu com generosidade o esforço silencioso da equipe, valorizando o comprometimento que não aparece em relatórios, mas que sustenta toda a estrutura da empresa.
“Eu desejo que esse projeto, que surgiu para durar um ano, possa se estender por muitos. Que a boa energia das trocas que temos aqui se expanda para encontros presenciais. Que dure, sim, por muitos anos”, declarou, com emoção.
Mas foi o conteúdo da mensagem que tocou mais fundo. Ele falou sobre espiritualidade, e destacou o significado da Páscoa como passagem, renovação e transformação.
“A mudança começa em nós. A atitude é nossa. A maneira como escolhemos olhar para cada coisa que vivemos é o que transforma”, refletiu.
Para uma equipe distribuída por diferentes regiões do país, a fala de Rodrigo Nista foi mais do que comunicação interna: foi um sopro de esperança. Um lembrete de que a liderança que transforma não é a que impõe, mas a que reconhece — e acredita que juntos podemos ir ainda mais longe.
“Eu acredito que a vida traz a importância da celebração. Reconhecer o que tem de bom, valorizar, agradecer, celebrar. Isso traz ainda mais coisas boas para nós”, concluiu, desejando não apenas uma feliz Páscoa, mas um novo ciclo de possibilidades.
No mundo onde a pressa esvazia os sentidos, essa fala devolve significado. E mostra que, sim, ainda existem empresas onde ser humano vale mais que ser recurso.
Sobre o autor: Luiz Cláudio Cavalcante é servidor público, especialista em comunicação em redes sociais e assessor parlamentar. Jornalista e produtor audiovisual, ele também é membro da executiva do Sindicato dos Jornalistas de Goiás, onde atua na defesa dos direitos da categoria e na promoção de uma comunicação de qualidade.
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