E quem entrou em campo sem medo, sem joelhos trémulos e sem se curvar ao autoritarismo? NATHÁLIA FREITAS. Sim, com todas as letras em maiúsculo, porque essa jornalista é um colosso de talento e coragem. Enquanto uns tentam se impor pelo cargo e pela grosseria, ela se impõe pela competência e pela dignidade. Olhando nos olhos do ilustre "cartola", Nathália fez o que se espera de qualquer ser humano minimamente civilizado: pediu respeito. Só isso já foi o suficiente para desmontar o valente dirigente, que, sem o conforto de seus microfones aduladores, mostrou-se menor que a própria estatura.
E não se enganem, a cena tocou fundo. Sou pai de uma menina e, ao assistir aquele episódio lamentável, não pude deixar de pensar em quantos pais e mães sentiram o mesmo aperto no peito. Mas a história não terminou ali. Como bom reincidente em declarações duvidosas, o "presidentinho" não perdeu a chance de se superar. Dias depois, cercado por família e diante da imprensa, conseguiu piorar ainda mais sua própria narrativa. Algo que só os verdadeiros mestres do desastre verbal conseguem fazer.
Nathália Freitas representa muito bem o espírito de Clara Zetkin, que em 1910, propôs a criação do Dia Internacional da Mulher, um marco na luta por igualdade. Sua postura frente à truculência do presidente do Atlético simboliza a histórica resistência das mulheres contra o autoritarismo, a desigualdade e a tentativa contínua de silenciamento. Assim como Zetkin, Nathália não se curvou e mostrou que a força feminina transcende o tempo e o ambiente.
Nathália, você foi gigante. Seu pedido de respeito ecoa muito além das arquibancadas do futebol goiano. Você representou não só as mulheres que enfrentam diariamente esse tipo de situação, mas todos que acreditam que o mundo pode ser um lugar mais justo e decente. Um salve também para Zé Roberto Silva, que, com uma fala irretocável, mostrou que a imprensa esportiva ainda tem vozes que sabem diferenciar futebol de grosseria.
Poderia escrever muito mais, mas deixo o vídeo abaixo falar por mim. Afinal, como diria aquele velho ditado, "quem me conhece, sabe", não tenho dinheiro para advogados.
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