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Os problemas posturais e as consequências para a coluna

Os problemas posturais

Palavra Comunicação
Por: Palavra Comunicação Fonte: Palavra Comunicação
05/11/2024 às 14h23
Os problemas posturais e as consequências para a coluna
Carregar mochilas com excesso de peso pode gerar problemas posturais e, consequentemente, de coluna – crédito - Site Calila Noticias

Os problemas posturais e as consequências para a coluna

Excesso de peso, seja ele corporal ou peso carregado, como em mochilas; o sedentarismo; sentar-se de maneira inadequada; usar excessivamente as telas, como computadores e smartphones; ficar por longos períodos na mesma posição durante o trabalho e outros hábitos podem gerar problemas posturais e, consequentemente, de coluna. 

A boa postura corporal é caracterizada pela relação harmoniosa dos músculos, das articulações e dos ossos. Esse conjunto tem a função de estabilizar o corpo humano e protegê-lo de estímulos do ambiente. Quando comprometida, a postura pode acarretar sobrecarga e problemas que se desencadeiam em toda a estrutura do corpo, onde a coluna é um eixo central e de conexão com demais regiões que podem apresentar disfunções. 

O médico neurocirurgião especialista em coluna Túlio Rocha alerta que entre as consequências da má postura, estão as alterações nas regiões cervical e lombar. As alterações da curvatura nestas áreas são os problemas mais comuns e acabam acarretando dores difusas que podem se espalhar para os membros superiores e inferiores.  “Uma postura mantida por longos períodos, pode não só gerar dor, como também outras consequências para a coluna vertebral”, alerta o médico.

A postura inadequada também pode potencializar o agravamento de desvios congênitos de curvatura da coluna, como escoliose, lordose e cifose; desvios relacionados ao trabalho; síndrome do pescoço de texto, também conhecida como text neck; entre outros problemas estruturais causados por processos degenerativos. 

A síndrome do pescoço de texto, que vem se tornando a cada mais comum, é uma lesão por esforço repetitivo que ocorre quando se usa dispositivos móveis de forma incorreta e por longos períodos. Os sintomas incluem: dor no pescoço, ombros, costas e cabeça; rigidez muscular; formigamento e dormência 

Para evitar problemas posturais, a prática regular de exercícios físicos é fundamental. Exercícios ajudam a fortalecer os músculos, melhorar a flexibilidade e aumentar a estabilidade. Além disso, atividades físicas promovem a consciência corporal, permitindo que a pessoa reconheça e corrija desvios posturais antes que se tornem crônicos.

“Um programa de exercícios bem equilibrado, que inclua alongamentos ou mobilidades, fortalecimento muscular e atividades aeróbicas, pode reduzir significativamente o risco de dores nas costas, pescoço e outras complicações relacionadas à má postura”, aconselha o médico especialista em coluna.

Túlio Rocha destaca que para mitigar esses efeitos, é importante adotar uma postura correta ao usar dispositivos eletrônicos, praticar atividades físicas regulares e limitar o tempo on-line. A prática de terapias fisioterápicas, como RPG e pilates, são importantes aliadas para a adequação dos hábitos de postura, bem como para o fortalecimento muscular. 

“Os problemas acarretados pela má postura variam de acordo com cada caso, mas a correção postural é o primeiro passo para eliminar os potencializadores da causa”, esclarece Túlio Rocha. Ele destaca que as disfunções consequentes da má postura também podem ser favorecidas terapias, sendo as cirurgias são recomendadas somente em casos que o tratamento conservador não apresentar resultados efetivos.  

Tratamento

As doenças posturais podem ser tratadas de diversas formas dependendo da sua causa. O médico explica que o primeiro passo para tratar uma doença postural é obter o correto diagnóstico do problema. Cada problema terá uma abordagem. A fisioterapia é forte aliada no tratamento das doenças posturais. Além de aliviar a dor sentida pelo paciente, o plano de tratamento fisioterapêutico também engloba exercícios posturais.

Com a reeducação postural global, o paciente aprenderá a manter a postura adequada. O profissional da fisioterapia também elaborará exercícios de fortalecimento e alongamento, específicos para o problema apresentado pelo paciente.

Outro fator muito importante: não tome medicações sem orientação médica adequada. Isso pode mascarar problemas e até piorar o quadro clínico. Muitas vezes, os casos clínicos têm bom resultado com tratamento conservador, ou seja, sem a necessidade de procedimentos cirúrgicos. E, até quando a cirurgia é indicada, a fisioterapia também será essencial para a recuperação pós-cirúrgica.

“Embora as doenças posturais possam gerar dor e desconforto, é importante saber que esses problemas têm tratamento e a qualidade de vida do paciente pode melhorar, consideravelmente, quando o tratamento correto é instituído e seguido pelo paciente”, destaca Túlio Rocha.

Principais problemas posturais 

1 – Dor na região lombar
Dores na região lombar afetam um grande número de brasileiros. De fato, a principal razão para afastamento do trabalho, conforme o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), são dores na coluna, sendo a região lombar a mais afetada.

2 – Dores de cabeça
Muitas dores de cabeça têm origem em problemas posturais. A chamada dor de cabeça tensional é conhecida por resultar em dor na região da cabeça, causada pela tensão muscular que pode ter influência de posturas mantidas.

3 – Escoliose
A escoliose é um tipo de doença postural bastante frequente e pode ser corrigida com exercícios posturais, coletes ou em casos mais graves, com cirurgia. Os desvios da coluna causados por escoliose são tridimensionais, ou seja, acontecem em todos os planos. E vista de frente ou de costas, a escoliose pode parece ser em C ou em S.

4 – Hiperlordose lombar
Nesse tipo de doença postural, a barriga fica saltada para frente e os glúteos para trás e até erguidos. Existem causas transitórias da hiperlordose lombar, como a gravidez, por exemplo. Mas o sedentarismo e obesidade contribuem para essa patologia.

5 – Hipercifose
Bastante comum em idosos, a hipercifose faz com que a pessoa acabe abaixando e aproximando os ombros, mas no caso dos idosos, a osteoporose contribui muito para o surgimento do problema, visto que a osteoporose altera a posição correta das vértebras.

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